terça-feira, 29 de junho de 2010

Diante dos fatos expostos...


Nosso mote é: a finalidade de um trabalho acadêmico. Queremos produzir conhecimento, difundi-lo, discuti-lo e propagá-lo ou apenas ensinar aos nossos alunos como aplicar regras e normas? Queremos um trabalho perfeitamente elaborado, mas quase que integralmente plagiado, ou um trabalho inovador, provocativo, fruto de longas horas de discussão, de opiniões próprias e de um exame minucioso do assunto? E vamos falar dos profissionais formados a partir de trabalhos prontos, pré esquematizados, em que só algumas palavras ou frases são modificadas. O que se espera que esses profissionais produzam como conhecimento, se durante todo o período de graduação o importante foi atingir um conceito, ser aprovado e livrar-se do tormento de estudar o mais rapidamente possível? Obviamente, não terão êxito em suas carreiras, pois no mundo real não existe o copia e cola. A competência é provada, ou não, todos os dias. Por isso temos tantas faculdades de criação instantânea reprovadas nos provões do governo. E tantas classes profissionais recheadas de incompetentes funcionais. Ou talvez por isso nossa produção científica e intelectual fique abaixo da média dos países desenvolvidos. Se acostumarmos nossos alunos a entregar trabalhos “para passar”, se não os incentivamos a pesquisar e a pensar, o que esperamos do futuro? Fica a pergunta para os corpos docente e discente.

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